quinta-feira, 31 de julho de 2014

Eles também foram chamados!

Noé
Noé era um homem justo e perfeito no meio dos homens de sua geração. Ele andava com Deus [...] Noé fez tudo o que o senhor lhe tinha ordenado [...] Deus abençoou Noé e seus filhos.
A História da salvação é a narrativa da peregrinação de um povo, o Povo de Deus, e eles não caminhavam sozinhos, Deus caminhava com eles, de aliança em aliança até o envio do Prometido do Pai.
Noé ainda não faz parte do Povo eleito, mas é de sua descendência que ele sairá, ele é o instrumento que Deus usa para renovar a criação corrompida pelo pecado.
Noé "andava na presença de Deus" eis aqui, uma autêntica definição de santidade, a vocação universal da humanidade, andar na presença de Deus. Quem caminha na presença do Senhor, ainda que seja fraco e venha a cair, caminha seguro e recebe a sua benção.
A que Noé foi chamado? A renunciar! Renunciar a própria vida para que outros pudessem viver. Vale lembrar que Deus pede tudo pelo TUDO, Ele mesmo se dá em recompensa, por isso, dirá Jesus que quem já recebeu aqui a sua repensa não merece o Reino, porque preferiu um "tudo" finito. O que hoje para você é TUDO? Você seria capaz de deixar tudo?
Eu vos garanto o Senhor é abundante no dar-se, nós é que não conseguimos contê-l'O, mas Ele se dá!

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Pastoral em conversão
Espero que todas as comunidades se esforcem por atuar os meios necessários para avançar no caminho de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão. Desta consciência esclarecida e operante deriva espontaneamente um desejo de comparar a imagem ideal da Igreja, tal como Cristo a viu, quis e amou, ou seja, com sua Esposa santa e imaculada (Ef 5,27), com o rosto real que a Igreja apresenta hoje. "Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem "fidelidade da Igreja à própria vocação", toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo.
Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, par que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionando mais à evangelização do mundo atual que à auto preservação... que coloque os agentes pastorais em atitude constante de "saída".
Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seu membros para serem agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminha. Cada Igreja particular sob a guia do seu Bispo, está, também ela, chamada à conversão missionária. É a Igreja encarnada em um espaço concreto, dotada de todos os meios de salvação dados por Cristo. O Bispo às vezes por-se-a à frente para indicar a estrada sustentar a esperança do povo, outras vezes manter-se-á simplesmente no meio de todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e, em certas circunstâncias, deverá caminhar atras do povo, para ajudar aqueles que se atrasaram e, sobretudo, porque o próprio rebanho possui o olfato para encontrar novas estradas.
Dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado. Uma centralização excessiva, em vez de ajudar, complica a vida da Igreja e a sua dinâmica missionária. A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cômodo critério pastoral: "fez-se sempre assim". Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de representar os objetivos, as estruturas o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades.
Como seres humanos estamos em processo contínuo de conversão e esta, por sua vez, torna-se essencial no serviço de evangelização, uma conversão pessoal e pastoral, com diz o Papa sair do comodismo que diz "foi sempre assim". A conversão permite ver a beleza do novo, que impulsiona a seguir em frente com um coração fiel. Eis aqui o nosso chamado e vocação, a fidelidade Àquele que nunca decepciona e que convida-nos a uma atitude constante de saída.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Eles também foram chamados!

Caim e Abel
Ofereceu Caim frutos da terra em oblação ao Senhor. Abel de seu lado, ofereceu dos primogênitos de seu rebanho; e o Senhor olhou com agrado para Abel e para sua oblação. Caim ficou extremamente irritado com isso [...] Caim disse então a Abel, seu irmão: "vamos ao campo". Caim atirou-se sobre seu irmão e matou-o. O senhor disse a Caim: "Onde está o teu irmão Abel? (Gn 4)
Logo após a narrativa da criação e do pecado, segue-se a história de Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, que muito nos tem a ensinar.
Deus não é um Senhor de meios termos, quando pede algo, o quer por completo, justamente aqui encaixa-se o porquê de não ter agradado-lhe a oferenda de Caim, ele guardou para si o melhor e ofereceu a Deus o que sobrou, ao passo que Abel oferece as "primícias". Se olharmos para Caim e Abel em uma única pessoa, encontramos a realidade que habita cada pessoa; que deseja amar a Deus, mas que, por vezes, é impedida de dar-lhe o melhor, pelo próprio egoísmo e desejo de grandeza, então vem a infelicidade, a inveja e as desavenças que levam a ferir uns aos outros por palavras, atos e omissões.
Abel é a figura daquele que assume corajosamente a vontade Deus. Dá-lhe tudo, até a vida. Assumir uma vocação, não é somente dar a Deus o melhor, mas também escolher o melhor, Abel oferecendo ao Senhor, as "primícias de seu rebanho" atrai para si o bons olhos de Deus que o faz feliz.
Então dizer sim ao chamado de Deus é escolher a melhor parte, que não é igual para todos. Para uns a melhor parte será constituir uma família e seu melhor será a fidelidade esponsal que constrói famílias santas; para outros será o sacerdócio, oferecendo a Deus o sumo e eterno sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus, e da própria vida em favor dos irmãos; para outros ainda, a melhor parte será  vida religiosa ou consagrada, sendo na terra sinal do Céu onde "nem eles se casam, nem elas se dão em casamento", por meio da pobreza, castidade e obediência.
Em qualquer que for, porém a vocação de cada pessoa, Deus é sempre fiel e misericordioso, estará sempre pronto a nos ver voltar, quando Dele nos afastarmos.
Amados não tenham medo de agarrar a melhor parte que o Senhor vos apresenta!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Uma Igreja "em saída"
Na Palavra de Deus, aparece constantemente este dinamismo de "saída", que Deus quer provocar nos crentes, e hoje todos somos chamados a esta nova "saída" missionária. Sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho. A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária. Esta alegria é um sinal de que o Evangelho foi anunciado e está a frutificar. O Evangelho não pode ter fronteiras deve ir, sempre mais além . A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante... A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém. A Igreja "em saída" é a comunidade de discípulos missionários que "primeireiam" - como o Senhor que tomou a inciativa, precedeu-a no amor; que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam, chegam às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa! Tocando a carne sofredora de Cristo no povo, os evangelizadores contraem o "cheiro de ovelha". Cuida do trigo e não perde a paz por causa do joio, sabe sempre festejar, evangeliza com a beleza da liturgia, fonte de um renovado impulso para se dar.
Ousadia é, sem dúvida, é a marca característica do Papa, característica que ele não quer só para si, mas para toda a Igreja, quer uma Igreja "em saída", que se desinstale com coragem de laçar-se e ir para frente. Todo aquela que é chamado por Cristo e experimenta o coração arder ao som de sua Palavra, não pode se conter a este convite do Papa, porque a própria vida já o impele a anunciar, desinstalar-se deve ser atitude constante na vida do cristão que deseja parecer-se sempre mais com Cristo."Coragem! Levanta-te, Ele te chama".

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Eles também foram chamados!

Iniciaremos uma caminhada, ao longo dela encontraremos algumas figuras bíblicas, conhecidas ou não, voltaremos nosso olhar para o fato de que ELES TAMBÉM FORAM CHAMADOS!
"No princípio Deus criou os céus e a terra [...] Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança [...] Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou... contemplou a sua obra e viu que tudo era muito bom." (Gn 1)
A narrativa da criação em Gênesis 1 é o início de um longa história, marcada pelo amor misericordioso, pela fidelidade de Deus, autor e consumador de toda vocação, e pela peregrinação do homem entre fidelidades e infidelidades na luta contra o pecado.
Deus cria o homem do pó da terra e o chama a participar de seu amor criador cuidando de sua obra, sabemos bem o que vem depois, Adão e Eva são atraídos pelo pecado, à primeira vista, bom e atraente: "vendo que o fruto da árvore era bom para comer; de agradável aspecto..." (Gn 3,6), bem com todo pecado.
Cada ser humano pode, certamente, ver em si estas duas forças, por um lado o amor a Deus, ao Criador, com uma atitude inscrita no coração, de gratidão, de reverência ao supremo Amor; e por outro lado esta força que nos afasta Dele em uma atitude semelhante à dos nossos primeiros pais de autossuficiência do querer "ser como Deus". O bom é que diante destas duas realidades cada um é livre e quando abandonado nas mãos de Deus, ainda que venha a cair, seu amor o sustenta e no perdão o levanta. Eis a vocação de todos, a SANTIDADE. Santos são aqueles que sabendo-se pecadores se reconhecem necessitados de Deus e nestas almas o amor frutifica. Que o Senhor possa olhar para a alma humana e ver a beleza de sua criação!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

A nova evangelização para a transmissão da fé
A nova evangelização interpela a todos. Primeiro no dia a dia da comunidade, no serviço pastoral àqueles que estão inseridos e participam da vida comunitária e àqueles que mesmo não participando cultivam a fé e a piedade. O Evangelho deve chegar àqueles batizados que não o vivem, "Mãe sempre solícita, a Igreja esforça-se para que elas vivam uma conversão que lhes restitua a alegria da fé e o desejo de se comprometerem como Evangelho". Há ainda aqueles que "que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre O recusaram", também a eles deve chegar o Evangelho, Deus atrai a todos.
A evangelização está nas mãos de cada um de nós, mais do que com as palavra, com a vida. A Exortação do Papa é em verdade um desafio, você o aceita! Vamos juntos, na santidade e no amor!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Alegria que se renova e comunica


"O grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem [...] Esta não é uma escolha de vida digna plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do Coração de Cristo ressuscitado."
A alegria brota do encontro com Cristo, encontro que deve renovar-se a cada dia, e ao qual todos são convidados, pois Deus nos quer felizes, e a ninguém exclui de seu convívio, "da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído" (Paulo VI). Àqueles que se afastaram o convite é para que voltem "como nos faz bem voltar para Ele". Ele nunca se cansa de nos esperar, de receber-nos de volta, nós é que nos cansamos de buscar suas misericórdias. "Que nada possa mais do que a sua vida que nos impele para diante!
Voltemos nosso olhar para a alegria do Evangelho, deixemo-nos contagiar por ele e não aceitemos viver como "cristão que escolheram viver uma Quaresma sem Páscoa". Certamente existem dificuldades na vida, há momentos em que é preciso adaptar-se, mas nada disso pode nos tirar da luz. A alegria não está no muito ter, mas em Cristo, em "conservar um coração crente" e anunciá-lo com todo o seu ser pois, "se alguém escolheu este amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de comunicá-lo aos outros?
Amados amigos, toda vocação é fonte de alegria, esta alegria contagiante de que nos fala o Papa, uma alegria que nos impele a levar o seu Autor a toda parte. Se a tristeza por vezes nos toma, devemos perguntar-nos o porquê, será que não precisamos voltar, buscar um novo encontro?! O Senhor convida-nos a participar em suas alegrias, tenhamos coragem, e seremos felizes, pela vida e pela eternidade!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Sua Santidade o Papa Francisco presenteou-nos com a, extraordinariamente atual, Exortação Apostólica Evangelli Gaudium.
"A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertos do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de convidá-los para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da igreja nos próximos anos."
O Evangelho é marcado pela alegria, à qual convida-nos o Papa, Deus sempre dirige-se a humanidade com um convite à alegria: "Eis que vos anuncio uma grande alegria" (Lc 2,10). A alegria deve pois, ser marca característica no cristão, onde quer que este esteja, seja qual for a sua vocação, e em verdade vocação verdadeira é aquela que conduz à felicidade, não uma felicidade individual, mas aquela que é capaz de se irradiar, que é contagiante.
É preciso coragem, e você, está disposto a aceitar o desafio de nosso Pontífice?!