domingo, 31 de agosto de 2014

Vocação do Catequista no mundo de hoje

Não fostes vós que Me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi (JO 15, 16).
SER CATEQUISTA é uma vocação. É um chamado da parte de Deus para uma missão.
“O chamado a SER CATEQUISTA não é algo pessoal, mas obra divina, a graça. A missão do catequista está na raiz da palavra ‘catequese’, que vem do grego ‘katechein’ e quer dizer ‘fazer eco’”.
 CATEQUISTA é aquele/a que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor chama você para que, através da sua vida, da sua pessoa, da sua comunicação, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.
 Conforme afirma São Paulo: “Não é a nós mesmos que pregamos, mas a Jesus Cristo, o Senhor. Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos, por causa de Jesus”  (2 Cor 4,5).
CATEQUISTA é aquele que vê no próximo um ser com possibilidades de ser transformado. Não é fazê-lo à nossa semelhança, mas sim avaliar suas potencialidades e deduzir até onde aproveitar.
SER CATEQUISTA não significa ser o sábio, mas requer coração forte, vontade firme.
SER CATEQUISTA é semear a esperança com gestos e palavras e levar a todas as pessoas a mensagem salvadora do amor do Mestre Jesus Cristo.
Chamado a ser sinal de Cristo-cabeça
 Ser representação de Cristo chefe, pastor e sacerdote significa ser sinal do Cristo cabeça no meio da comunidade. A Igreja,  de pessoas, não é necessariamente um grupo acéfalo isto é: sem o chefe.. Cristo, como diz Paulo, é a cabeça da Igreja, ou seja, aquele que faz com que o Corpo, "em sua inteirezza, bem ajustado e unido por meio de toda junta e ligadura, com a operação harmoniosa de cada uma das suas partes", realize "o seu crescimento para a sua própria edificação no amor" (Ef 4,16). Cabe afirmar aqui que o presbítero não é nem poderá ser jamais a cabeça. 
Somente Cristo é a cabeça. Além disso, sua vocação e sua missão consistem em fazer com que de fato, um corpo, no sentido explicado. "Portanto o padre é chamado a um ministério presidencial, que é representação de Cristo cabeça e sacerdote e que lhe confere uma graça particular para harmonizar os diversos carismas do povo de Deus, de modo que este se realize como povo sacerdotal (cf. 1Pd 2,9-10)".
Portanto o padre tem também o carisma de unir a comunidade, em um só povo como fez o Cristo –Cabeça.

Ir. Elizabete Maria, OMJ

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Eles também foram chamados

Sacrifício de Isaac
Depois disso, Deus provou Abraão, e disse -lhe: "Abraão!" - "Eis-me aqui", respondeu ele. Deus disse: "Toma teu filho, teu ÚNICO filho, a quem tanto amas, Isaac; e vai à terra de Moriá, onde tu o oferecerás em holocausto..." (Gn 22)
A promessa de Deus a Abraão era de fazê-lo pai de uma grande nação e agora pede-lhe seu filho, seu ÚNICO. Como pode ser? Será que esqueceu-se de sua promessa? Sabe-se que Abraão teria ido até o fim, teria de fato sacrificado Isaac se não fosse a intervenção de Deus.
Abraão é, com toda razão, o nosso "pai na fé", não negou nada do que lhe fora pedido:  "DEIXA E VAI... SACRIFICA!" Confiou plenamente na promessa ainda que, humanamente parecesse impossível.
O sacrifício é uma oferta livre, um ato de amor e está diretamente ligado à vocação, pois ao escolher a vontade de Deus sacrifica-se todo o resto, sendo o sacrifício sempre a oferta de algo bom, o melhor; como se viu na história de Abel. Aquilo que se sacrifica pode, também, ser algo que apesar de bom ainda nos prende no cumprimento do desejo de Deus, assim, o holocausto liberta-nos.
O hoje para você tem um valor ÚNICO, mas que talvez te prenda, mesmo que parecça ser o meio de cumprir a vontade de Deus???
SACRIFICA!
"Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu próprio filho, teu ÚNICO!"

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Na crise do compromisso comunitário- Alguns desafios do mundo atual
É habitual hoje falar-se em "excesso de diagnóstico", que nem sempre é acompanhado por propostas resolutivas e realmente aplicáveis. O que quero oferecer situa-se mais na linha de um discernimento evangélico. É o olhar do discípulo missionário que "se nutre da luz e da força do Espírito Santo" (João Paulo II). 
Animo todas a comunidades a "uma capacidade sempre vigilante de estudar os sinais dos tempos" (Paulo VI). Algumas realidades hodiernas, se não encontrarem boas soluções, podem desencadear processos de desumanização tais que será difícil depois retroceder. Implica não só em reconhecer e interpretar as moções do espírito bom e do espírito mau, mas também escolher as do espírito bom e rejeitar as do espírito mau.
Não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas. É preciso lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade. Estamos na era do conhecimento e da informação, fonte de novas formas de poder um poder muitas vezes anônimo.
A vida cristã surge do encontro pessoal com Cristo, e quem o experimenta não pode deixar de amá-Lo, já dizia alguém: "é impossível conhecê-Lo a fundo e não amá-Lo com loucura". Tal experiência, porém, conduz não somente ao amor, mas também ao anúncio, pois quem O ama quer fazê-Lo conhecido. O anúncio leva à denúncia de toda realidade que fere e mata  vida humana e a vida de Deus nos homens por afastá-los da graça.
Ouvir a voz do Senhor que chama a cada pessoa; responder positivamente ao chamado, e viver a sua vontade amorosa é, sem dúvida, escolher o bem e rejeitar o mau.

domingo, 24 de agosto de 2014

III Encontro vocacional Diocesano

"Mestre, onde moras? Vinde e vede!"
Agradecemos ao bom Deus por mais este encontro, por ter nos convidado a entrar em sua casa, estar com Ele este fim de semana. Foi bom de mais! Que Deus os ajude nesta caminhada!


































Vocação laical:

"Vocações diversas para uma grande missão!"

Quando se fala em vocação, a maioria das pessoas, é instantaneamente levada a pensar nos padres e nos consagrados, esquecendo-se de que também aqueles que se decidem pela vida matrimonial ou pela doação no dia a dia da comunidade também são inspirados por uma vocação que o Senhor coloca em seus corações.
O Espírito é criativo e suscita "vocações diversas para uma grande missão". A grande missão é aquela de anunciar a "alegria do Evangelho", por isso independente da vocação todos são chamados à santidade, que não é perfeição, como muitos acreditam, mas perceber-se pecador e como tal, inteiramente necessitado da graça, amor e misericórdia de Deus.
Para os leigos e o que optam pela vida matrimonial, em que consiste, então, a santidade? Consiste em viver a amizade com Cristo, pois amigo é aquele que nos acompanha; então, o leigo leva Cristo para o seu trabalho, no desejo de fazê-lo bem; o leva eu seus momentos de diversão, a fim de experimentar não só uma alegria passageira do prazeres, mas aquele fundada no amor do Senhor que dura para sempre; o leva para sua família, e pede-lhe que lhe ajude a conviver e compreender; leva-O em seus relacionamentos, para que sejam lugar de mútuo crescimento, e não de exploração de um pelo outro... Assim, na vida cotidiana, o leigo (casado ou solteiro), santifica a vida, constrói a felicidade e inicia o Reino, sua verdadeira Pátria e fim.
Amados, neste vida ou somos "santos ou nada"!
Ir. Maria Elisângela, OMJ



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Eles também foram chamados!

Lot
Chegaram os dois anjos a Sodoma. Lot, ao vê-los levantou-se e foi-lhes ao encontro e prostrou-se como rosto por terra [...] Os dois homens disseram a Lot: "Todos os que são teus parentes na cidade, faze-os sair deste lugar, porque vamos destruir este lugar [...] Quando já estavam fora, um dos anjos disse-lhes: "Salva-te, se queres conservar a tua vida. Não olhes para trás... (Gn 19)
Lot era sobrinho de Abraão e o acompanhou na saída de Ur, separou-se dele porque a terra não era suficiente para seus rebanhos. Abraão, tendo-se encontrado com os anjos, e sabendo da destruição de Sodoma, pede ao Senhor pelos JUSTOS, acreditando que entre estes estaria Lot. O que Abraão não sabia é que Lot era o único justo. Em toda uma cidade um único justo encontrado!
Lot é um homem de acolhida, capaz de entregar antes as próprias filhas, a permitir que algum mal fosse feito a seus hospedes. É um homem justo. A justiça na Sagrada Escritura é sinônimo de santidade. Lot é um homem santo. a santidade não é perfeição, mas "justiça", ou seja, é reconhecer-se tal como é: PECADOR NECESSITADO DE DEUS. É humildade, aquela que fez Lot colocar o rosto por terra diante daqueles dois desconhecidos, arautos do Senhor. Toda pessoa traz em si algo de Deus.
A santidade é vocação universal, toda pessoa é chamada à santidade, em qualquer que seja a sua vocação específica. Cabe a cada um perguntar-se:
Como trato aqueles que vêm a mim da parte de Deus?
Sou capaz de renunciar aos meus tesouros para que outros tenham vida?
Tenho sido justo?
Que o Bom Deus conceda a todos a graça de lutar sempre por uma vida santa e justa a seus olhos. Assim seja!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Uma mãe de coração aberto
A Igreja "em saída" é uma Igreja com as portas abertas, para chegar às periferias humanas. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, por à parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho. A Igreja é chamada a ser a casa aberta do Pai. A Eucaristia, embora constitua a plenitude da vida sacramental, não é um prêmio para os perfeitos, mas um remédio generoso  e um alimento para os fracos. Agimos como controladores da graça e não como facilitadores. A Igreja não é uma alfândega, é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fatigosa. A quem deveria privilegiar? Não tanto aos amigos e vizinhos ricos, mas sobretudo aos pobres e doentes, àqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos. Não os deixemos jamais sozinhos!
Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estrada, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o mendo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: "dai-lhes vós mesmos de comer" (Mc 6,37)
Que Igreja temos sido??? "Saiamos, saiamos!!!"
Coragem! Ele chama aos lugares onde ninguém que ir, mas é lá que Ele está, pois onde sofre, passa fome, sede e frio, o irmão, é lá que está o nosso Senhor amado!

domingo, 17 de agosto de 2014

Vida Consagrada

Às vezes temos dificuldade para darmos uma definição ou conceituar Vida Consagrada, sobretudo porque ainda não compreendemos a consagração. Em geral costuma-se confundir Vida Consagrada com consagração batismal, quando se diz que todos nós somos consagrados. É verdade que por meio do batismo todos nós somos consagrados pelo Pai. Mas a consagração referente à Vida Religiosa, em sentido teológico trata-se de um estado de vida, de um chamado, uma vocação.
A Vida Consagrada é uma forma de seguir Jesus mais de perto por meio dos Conselhos Evangélicos. Mais perto da forma como Ele viveu, se doou, ensinou, acolheu, perdoou e amou o Pai e os irmãos e irmãs.
 A partir dessa sucinta definição poderia ainda, alguém se perguntar: mas qual é a diferença se todos são consagrados? Diríamos com base nas palavras do Documento de Aparecida, que em tudo é diferente. Vejamos: “A Vida Consagrada é um caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a ele com coração indiviso e colocar-se, como ele, a serviço de Deus e da humanidade ...” (Cf. DA 216). Em cada palavra é possível percebermos a diferença, o que não quer dizer que é exclusivo, mas por ser de iniciativa de Deus é um grande Dom. A pessoa que é escolhida e chamada à Vida Consagrada é imensamente agraciada pelo Pai. 
Nessas poucas palavras se define o coração da vida consagrada ou a razão pela qual bate o coração das consagradas e consagrados. São pessoas que o Senhor escolhe, separa para dedicar-se exclusivamente a ele, por isso é uma forma especial de consagração para o seguimento de Jesus.
Consagrar a vida a Deus é entregar-se a Ele, deixar-se possuir livremente por Ele, é dar-se a Ele sem reservas. Eis a Vida Consagrada!

Ir. Lucivânia, Ap.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Nossa Senhora de Oliveira

Hoje dia da Assunção de Maria aos Céus nossa diocese esta em festa, pois também hoje comemoramos o dia de nossa Excelsa Padroeira Nossa Senhora de Oliveira.
Mãe pedimos que protejas a todos os vocacionados!
Celeste Senhora, do ramo de oliva;
A fonte mais viva de graça e de luz.
Mostrai-nos a manhã da eterna vitória,
As palmas da glória, floridas nas cruz.

Nas vossas mãos puras floresce a esperança;
Palpita a lembrança do amor divinal.
Por sobre Oliveira lançai mil favores;
E por vossas dores livrai-nos do mal.

Vocação:

Tesouro no campo
Pérola de valor!
"O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, o qual, quando um homem o acha, esconde-o e, cheio de alegria pelo que encontrou, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. Também é semelhante a um mercador que busca pérolas. E, tendo encontrado uma de grande valor, vai, vende tudo o que tem e compra-a" (Mt 13, 44-45)
No sonho de Deus cada pessoa tem a sua vocação, é o dom, o presente Dele a cada um. Para alguns a vocação é como o tesouro encontrado no campo, que fascina, que surge como um grande desejo, sem que tenha sido procurado. Para outros a vocação é encontrada depois de um período de procura, um tempo de inquietação que faz com que aquela forma de vida já não baste, é a busca do algo a mais. Vê-se esta atitude no jovem rico: "Que me falta ainda?"
Assim, a vocação, seu valor, supera tudo que se possa ter, pois, se a vocação é caminho de felicidade, é então, caminho para o próprio Deus, que derrama-se na alma chamada à medida que esta, generosamente, responde ao chamado, amando e deixando-se amar.
O motivo e a finalidade de  TODA  vocação é o mesmo: CRISTO. Por isso, não se pode pensar e, menos ainda, afirmar que uma vocação seja melhor ou mais importante que outra. O fato é que cada pessoa só é plenamente feliz em sua vocação então aquela vocação sempre será a "melhor parte" para a pessoa chamada. A "melhor parte" é diferente para cada pessoa.
Qual a sua "melhor parte"?
Venha viver o amor!!!
Ir. Elisângela, OMJ

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eles também foram chamados!

Abraão
O Senhor disse a Abrão: "Deixa tua TERRA, tua  FAMÍLIA e a casa de teu  PAI, e vai para a terra que eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação; eu abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bençãos" (Gn 12)
Abraão era já um ancião quando Deus o chamou, pediu que ele abandonasse todas as suas seguranças. 
A TERRA, para o povo naquela época era uma riqueza porque era onde sepultavam os seus e onde seriam sepultados, era herança, era segurança. 
A FAMÍLIA, ainda hoje é sinal de segurança, é porto seguro, em família deve haver confiança, certeza de acolhida, proteção e carinho. 
O PAI, aquele que dá a vida, ensina, educa, ama...
DEIXA E VAI! "Sim, mas para onde?" É a pergunta que surge em cada coração ao ouvir o convite "Deixa e vai!" Abraão não teve bem uma resposta, ele deveria ir, mas não sabia para onde: "Para a terra que eu te mostrar". 
De um lado, mostra-se Deus que pede tudo, é sempre assim, Ele  quer tudo. E de outro a grande fé de Abraão. Deus promete e ele acredita, sem exigir provas. Deixa tudo, a TERRA, a FAMÍLIA,  o PAI... e vai!
São Paulo mais na frente dirá: "Sei em quem depositei a minha confiança" (II Tm 1,13). Tais palavras, poderiam, certamente, ser colocadas nos lábios de Abraão, pois ele as declarou com a vida! A muitos hoje o Senhor pede: Deixa a tua terra, família, pai, mãe, amigos... e vai!
Uma vocação (chamado) não vem acompanhada de sinais milagrosos, mas da PALAVRA do Senhor: "Te abençoarei e exaltarei o teu nome!" Quando opta-se por Ele, é então, que se exalta a si, e não como em Babel que buscavam exaltar a si mesmos e acabaram dispersos pela terra. Na entrega humilde e confiante à vontade do Senhor é que se encontra a perfeita e eterna felicidade. 
O que você está esperando?
DEIXA E VAI!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

A missão que se encarna nas limitações humanas
A Igreja, que é discípula missionária, tem necessidade de crescer na sua interpretação da Palavra revelada e na sua compreensão da verdade. As enormes e rápidas mudanças culturais exigem que prestemos constante atenção ao tentar exprimir as verdades de sempre numa linguagem que permita reconhecer a sua permanente novidade. Por vezes, aquilo que os fiéis recebem não corresponde ao verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Somos fiéis a uma formulação, mas não transmitimos a substancia. A fé conserva sempre um aspecto de cruz, certa obscuridade que não tira firmeza à sua adesão. Não se pode é transformar a nossa religião numa escravidão, quando "a misericórdia quis que fosse livre". É preciso acompanhar, com misericórdia e paciência, as possíveis etapas de crescimento das pessoas, que se vão constituindo dia após dia. Um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida externamente correta de quem transcorre os seus dias sem enfrentar sérias dificuldades. Um coração missionário está consciente destas limitações. Nunca se fecha, nunca se refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez autodefensiva. Não renuncia ao bem possível, ainda que corra o risco de sujar-se com a lama da estrada.

Todo ser humano é limitado e a vida santa encontra-se justamente no reconhecer tais limitações, saber que se algo de bom há em si e nos outros é obra de Deus, que é misericórdia. Deus sabe da fraqueza e miséria humanas, mas ainda assim continua chamando homens e mulheres ao seu serviço, e é Ele mesmo que realiza tudo em todos. Como dizia St. Teresa D'Ávila: "Se não fosse a graça seria capaz de pecados piores que os dos maiores pecadores."
A você também o Senhor chama a anunciar o seu amor! Qual a sua vocação?

domingo, 10 de agosto de 2014

Dia dos pais- A paternidade do Santo Patriarca sobre Jesus

Os evangelhos designam São José com pai em várias ocasiões. Assim devia tratá-lo Jesus na intimidade do lar de Nazaré, e assim era Jesus considerado por quem o conhecia: era o "filho de José". E, efetivamente, José exerceu as funções de pai dentro da Sagrada Família: foi ele quem pôs o nome a Jesus, quem empreendeu a fuga para o Egito, quem escolheu o lugar de residência ao voltarem de lá. E Jesus obedeceu a José como a um pai: "Desceu com eles e veio par Nazaré e era-lhes submisso..."
São José teve para com Jesus verdadeiros sentimentos de pai; a graça acendeu naquele coração bem disposto um amor ardente pelo Filho de Deus, mais do que se se tivesse tratado de um filho por natureza. José cuidou de Jesus amando-o como filho e adorando-o como Deus. E o espetáculo- que tinha constantemente diante dos olhos- de um Deus que dava ao mundo o seu amor infinito era um estímulo para amá-lo ainda mais e para se entregar a Ele cada vez mais, com uma generosidade sem limites.
Amava Jesus como se realmente o tivesse gerado, com um dom misterioso de Deus outorgado à sua pobre vida humana. consagrou-lhe sem reservas as suas forças, o seu tempo, as suas inquietações, os seu cuidados. Não esperava outra recompensa senão poder viver cada vez melhor essa entrega da sua vida. O seu amor era ao mesmo tempo doce e forte, sereno e ardente, emotivo e terno. Podemos imaginá-lo tomando o Menino em seus braços, embalando-o com canções, ninando-o para que dormisse, fabricando-lhe pequenos brinquedos, tendo-o junto a si como fazem os pais, fazendo-lhe carícias que eram atos de adoração e testemunho do mais profundo afeto. Viveu constantemente surpreendido de que o Filho de Deus tivesse querido ser também seu filho. Temos de pedir-lhe que nos ensine a amar e tratar o Senhor com ele o fez. (Falar com Deus Vl. 6 Md. 22, III)
Hoje dedicamos o dia aos nossos pais! Que melhor exemplo de paternidade que o de São José?! Peçamos a ele que interceda ao Senhor por todos os pais. Se pai torna-se cada dia mais difícil, o mundo tenta deturpar estas figuras tão importantes na vida de cada pessoa, por isso, ser pai, é vocação, é desafio. 
Que o Senhor olhe por aqueles pais que não conseguem ser exemplo na vida dos filhos, que sabem ser verdadeiros educadores, por aqueles que abusam do poder, que maltratam os filhos; por aqueles que, mesmo tentando, acabem sendo figuras negativas na vida dos filhos; por aqueles que abandonam...
Coloquemos também diante do olhar compassivo do nosso Deus aqueles pais que assumem corajosamente a missão a eles confiada e buscam sempre em Deus a força necessária para educar e acompanhar seus filhos durante a vida. Por fim, confiamos ao Senhor os pais que já foram chamados ao encontro eterno, aqueles que estão no purgatório, para que possam chegar logo ao Céu e por aqueles que contemplam a Deus face a face, que roguem por seus filhos e esposas junto a Deus.
São José, pai de Jesus, rogai por nós e por nossos pais!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vocação, Você já pensou nisso?

Quando dizemos que uma pessoa leva jeito para determinada atividade, e a faz bem feita e com facilidade, costumamos dizer que ela tem vocação. O termo vocação deriva do latim "vocare" que quer dizer chamar, ou "vocatio", que significa chamado. Para nós cristãos, é pois um chamado de Deus, que quer contar com nossa ajuda para realizar seu plano de amor. Deus nos conhece e nos chama para uma determinada missão, antes mesmo de nascer, como está no livro do profeta Jeremias: "Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci, e antes que nascesses te consagrei e te designei como profeta às nações" (Jr 1,5). Mas Deus não tira nossa liberdade, Ele não nos impõe uma camisa de força. Ele deixa que respondamos a esse chamado livremente. 
Muitas vezes, quando falamos em vocação, pensamos somente nos consagrados, padres e freiras; mas devemos nos lembrar de que todos nós somos vocacionados, isto é, chamados a sermos colaboradores na construção do Reino de Deus. Por isso, é importante descobrir a que Deus nos chama. Podemos dizer que o primeiro chamado que Ele nos faz é à vida e, assim, somos chamados a participar da construção da sociedade em seus diversos aspectos. 
No batismo, somos chamados para uma missão particular, a de sermos cristãos e viver nossa identidade cristã, no segmento de Jesus. Ao mesmo tempo que a vocação é um chamado de Deus, é também uma resposta pessoal. Todo aquele que chama espera uma resposta, e cabe a cada um responder segundo o seu coração. 
Mas, e se for difícil esta resposta? E se eu não tiver, certeza do que quero? A Pastoral Vocacional é um bom caminho para quem deseja buscar uma resposta sobre o sentido da vida. Ajuda os que se sentem chamados a crescerem na fé, tornando-os capazes de descobrir e discernir a própria vocação e missão a serviço da comunidade. Ao descobrirmos nossa vocação, partimos a buscar. A vocação exige coragem para optar por um voo mais alto; mas nem sempre é fácil, temos que deixar algo para trás. Não perdemos nada, apenas abrimos mão de algumas coisas tendo em vista outras melhores. 
Quem opta pelo sacerdócio é chamado a assumir o ministério na Igreja no serviço aos irmãos. O padre é o guia e animador da comunidade. Tem a missão de ensinar, santificar e coordenar o povo de Deus. É dever dele continuar a missão de Jesus, por meio do anúncio do evangelho e do testemunho da palavra. Já dizia São João Maria Vianney: "O padre não é padre para si mesmo ( ... ) Ele não existe para si mesmo, e sim para os outros". Então, o presbítero deve viver sua vocação no contato com o povo, inserido no meio dele, conhecendo suas realidades e seus desejos. É esse o pedido do papa Francisco, 'que os pastores tenham o cheiro das ovelhas'. No povo de Deus, algumas pessoas são chamadas a consagrarem inteiramente sua vida a Ele, vivendo os votos de castidade, pobreza e obediência. São os religiosos, conhecidos popularmente como freiras, freis, irmãos, monges. Pertencem a uma ordem ou congregação religiosa. Cada uma dessas ordens ou 
congregações tem seu carisma próprio, isto é, seu serviço especifico prestado à Igreja e ao mundo. 
A vocação laical é a dos leigos. Estes são todos os fiéis que, unidos a Cristo pelo Batismo e membros do Povo de Deus, são chamados a atuar na família e na sociedade dando verdadeiro testemunho cristão dentro das realidades nas quais se encontram no dia a dia. Onde estão os leigos, aí está a Igreja de Cristo. "Os fiéis leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio vital da sociedade humana. Por isso, especialmente eles devem ter uma consciência sempre mais clara não somente de pertencerem à Igreja, mas de serem Igreja" (Pio XII). 
Entre os leigos, encontra se a vocação matrimonial. Os chamados ao matrimônio têm a missão de cooperarem com o Criador na geração e cuidado da vida. Homem e mulher, chamados por Deus a se unirem pelo sacramento do matrimônio, concretizam, em sua vida conjugal, aquele amor com que Cristo amou a Igreja. Constituindo famílias, tornam-se formadores de novos cristãos para a Igreja e cidadãos para a sociedade. Vivem, por tanto, sua vocação na entrega sincera do amor de um pelo outro. 
São varias as vocações para seguir. E Deus não se cansa de nos chamar. Basta que saibamos escutá-Lo e perceber com qual me identifico. Não é fácil escolher um caminho. Renunciar, escolher, sairmos de nós mesmos para abraçar o chamado que Deus nos faz, num mundo que se mostra cheio de oportunidades, algumas boas, outras nem tanto. 
Que tenhamos a coragem de ir contra a corrente, vivendo nossa vocação e assumindo nossa missão como cristãos evangelizadores, engajados no serviço ao Reino de Deus. Você não está no caminho por acaso, plante essa ideia. Eu fiz minha escolha. E você, já pensou nisso? Vem, Ele te chama! 

Sem. Luis Henrique de Azevedo 

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Eles também foram chamados!

A torre de Babel
Façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim, célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face da terra. (Gn 11)
Seria muito autossuficiente de nossa parte querer chegar a Deus sem Deus! Mas foi isso que aconteceu ao povo em Babel, esqueceram-se que é inútil vigiar se não for Ele o guarda; é inútil lutar se não for Ele a força; é inútil caminhar se não for Ele a meta...
Babel é o oposto da proposta que nos tem feito SS. o Papa. O primeiro prega o comodismo e o conforto, desejando uma vida estável; ao passo que o segundo convida a nos desinstalarmos e fazer nascer uma Igreja em "saída" que não se acomoda.
O povo de Babel queria tornar conhecido o próprio nome por meio de sua obra, nós somos chamados a tornar célebre o nome do Senhor, anunciando a sua obra, primeiro em nós e também no mundo, não por meio de uma grande "torre" mas por meio das pequenas obras do dia a dia, porque são essas que verdadeiramente, tocam o Céu!
Atos que talvez ninguém veja. Um bom dia, um sorriso, um olhar, o perdão que tanto nos custa, os sacrifícios aceitos por amor e na liberdade... O Senhor passa por nós a cada minuto, não é mesmo? Aproveitamos? Caminhamos na sua presença a exemplo de Noé, ou estamos demasiado preocupados em tornar célebre o nosso nome, construindo torres que longe de tocar o céu, geram dispersão?!
caminhemos com o Senhor e na alegria do Evangelho anunciemos o seu Nome!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

A partir do coração do Evangelho
Se pretendemos colocar tudo em chave missionária, isso se aplica também à maneira de comunicar a mensagem, pois ela corre mais do que nunca o risco de aparecer mutilada e reduzida alguns dos seus aspectos secundários. Portanto, convém ser realistas e não dar por suposto que nossos interlocutores conhecem o horizonte completo daquilo que dizemos.Todas as verdades reveladas procedem da mesma fonte divina e são acreditadas com a mesma fé, mas algumas delas são mais importantes por exprimir mais diretamente o coração do Evangelho. As obras de amor ao próximo são a manifestação mais externa mais perfeita da graça interior do Espírito, a misericórdia é a maior de todas as virtudes.
Não é preciso mutilar a integridade da mensagem do Evangelho, do contrário ela correrá o risco de perder o seu frescor e já não ter "o perfume do Evangelho".
Diante da boa nova do Evangelho há, por vezes, a tentação de torná-lo mais agradável, tirando-lhe a essência e a radicalidade, assumindo umas partes e outras não conforme a conveniência, mas este não é o anuncio autêntico e atraente, não é esta a escolha que faz feliz. Os que comunicam a verdadeira alegria do Evangelho são aqueles que o assumem e espírito e em verdade. Assim também no caminho vocacional há aqueles que querem caminhar sobre as águas mas permanecem um pé na barca, querem servir a Deus e ao mesmo tempo desfrutar dos prazeres do mundo, sabemos bem, estas escolhas não fazem felizes, a contrário complicam a própria vida e a daqueles que nos rodeiam. Peçamos ao Senhor a coragem de assumir com coragem a sua divina vontade!

domingo, 3 de agosto de 2014

Vocação sacerdotal

Todo batizado inserido na tríplice missão de Cristo como sacerdote, profeta e rei participa na santificação do mundo. dentre os batizados com um sacerdócio comum a todos, o Senhor chama alguns ao sacerdócio ministerial, consagra-os no sacramento da ordem e os faz imagens de si. A identidade do sacerdote é a identidade do próprio Cristo que na vida de cada sacerdote se faz presente no mundo fazendo o bem.
O sacerdote age in persona Christi. Consagra a Ele suas mãos, que oferecem o Sumo e eterno Sacrifício e abençoam; seu olhar, que compreende; a voz que anuncia, perdoa e chama as ovelhas dispersas; seu ouvidos, que acolhem as angústias e alegrias do Rebanho; e seu coração, que amando leva ao coração do Pai os filhos a ele confiado. O sacerdote é instrumento, quem age é Cristo, a vocação sacerdotal, não é privilégio, mas serviço e entrega, é vida para a vida do povo.
Um sacerdote, será sempre um sacerdote, sua alma é marcada pelo próprio Deus no sacramento como propriedade sua. Aonde quer que vá o sacerdote, será sempre o homem das mãos ungidas.
Neste dia, nesta semana, rezemos por nossos sacerdotes para que encontrem no coração chagado do Senhor força para a caminhada, que suas mãos estejam sempre dispostas a oferecer o Santo Sacrifício e que não lhes haja alegria maior do que subir ao Altar.
Rezemos também por todos aqueles que trazem no coração a semente da vocação sacerdotal, que todos as cultivem com religiosíssimo cuidado para que não falte à messe do Senhor santos operários.
Maria, Mãe e Guardiã, do todos os sacerdotes, rogai por estes teus filhos "prediletos"!