terça-feira, 30 de setembro de 2014

Profissão Perpétua...

"Um sim por amor e vocação!"

Ir. Lucivânia Conceição emitiu seus votos Perpétuos na Congregação das Irmãs Apostolinas, no dia 28 de setembro, em Carmópolis de Minas. Um SIM por amor e vocação!
A Celebração foi presidida pelo Ex.mo Rev.mo Dom Miguel Angelo, nosso Bispo diocesano. Estavam presentes, padres diocesanos e religiosos, Irmãs e Irmãos da Família Paulina, e de outras congregações presentes na Diocese; e inúmeros leigos que lotaram o Poliesportivo de Camópolis.
A liturgia foi propícia, Dom Miguel ressaltou o valor da obediência e convidou a um sim generoso.
"Com os corações em festa" nos reunimos para celebrar, porque uma vocação é dom para toda a Igreja e par ao mundo. Todo aquele povo, testemunha do do SIM da Ir. Lucivânia, é prova de que jamais podemos nos esquecer do "dom de Deus, que cada um de nós é para o mundo", como disse o Pe. Wellington, no primeiro dia do tríduo vocacional.
Ir. Lucivânia, juntamente com sua irmã de sangue e de Congregação Ir. Luciana, são testemunhas de que o "vento sopra onde quer, você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai; assim ocorre com todos os nascidos do Espírito" (Jo 3,8). Nascidas no interior da Bahia na divisa com Sergipe, as duas irmãs não tiveram, durante a infância, oportunidades de frequencia nos sacramentos, somente tinham missa uma vez ao ano, mas ali Deus que é bom, elegeu e consagrou duas religiosas em uma mesma família. Aqueles que tem a vida como dom sabem onde e como ver Jesus!
Obrigado, Ir. Lucivânia por seu SIM, que ele seja generoso!
Louvemos a Jesus em seus mistérios de amor e peçamos a Maria Rainha dos Apóstolos que rogue ao Senhor por nossa Ir. Lucivânia e por sua Congregação!




segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Desafios da inculturação da fé
Um olhar de fé sobre a realidade não pode deixar de reconhecer o que semeia o Espírito Santo. Não convém ignorar a enorme importância que tem uma cultura marcada pela fé, valores e solidariedade; uma sociedade mais justa e crente.
Há uma necessidade imperiosa de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho. Há que se procurar novos processos de evangelização, ainda que suponham projetos a longo prazo.
Às vezes, se dá maior realce a formas exteriores das tradições de grupos concretos ou a supostas revelações privadas, que se absolutizam, do que ao impulso da piedade cristã. É inegável que muitos se sentem desiludidos e deixam de se identificar com a tradição católica, há certo êxodo para outras comunidades de fé. Algumas causas desta ruptura são a falta de espaços de diálogo familiar, a influência dos meios de comunicação, o subjetivismo relativista, o consumismo desenfreado, a falta de cuidado pastoral, a inexistência de acolhimento cordial.
O Espírito sopra onde quer, há que se perceber os seus sinais. Dentro da Igreja também há preconceitos, pois quando nos apegamos aos nosso "dogmas", fechamos os olhos aos novos matizes do Espírito.
A inculturação do Evangelho lhe concede força, pois permiti-lhe lanças raízes no meio do povo, sem perder a sua essência.
A sociedade atual, certamente, impõe desafios à evangelização, temos de nos questionar quanto à atração de nossas vidas, pois o autêntico cristão atrai com a vida!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Eles também foram chamados!

José
Seus irmãos vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo com bons modos [...] combinaram entre si como o haviam de matar. [...] Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua túnica e o lançaram em uma cisterna, que não tinha água. [...] Levantando os olhos, viram surgir no oriente uma caravana de ismaelitas [...] "vinde vandamo-lo aos ismaelitas!" Venderam-no por 20 moedas de prata. (Gn 37)
O que pensar dos irmãos de José? Como puderam vender o próprio irmão como escravo?
Percebe-se claramente o ciúmes e a inveja que os irmãos de José reinam, frutos do pecado original que coloca o homem contra os outros, até mesmo contra aqueles que ama e também contra si mesmo, porque o mel feto ao outro também atinge quem faz. Mas Deus é bom!
As vezes a pessoa é levada a olhar e desejar somente o que os outros têm, esquecendo-se dos dons e maravilhas que o Senhor realiza e sua vida.
Que maravilhas Ele tem realizado na tua vida? Já parou para pensar nisso, qual a tua vocação?
Em alguns casos a realização ou a descoberta de uma vocação exigirá dor e renúncias, como foi para José e para alguns personagens já citados e também outros que ainda serão. José foi vendido como escravo e Deus não o teria permitido se não fosse para tirar dai um bem maior.
Se a vida hoje te exige dor e renúncias, é porque Deus está preparando algo maior para ti! 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Alguns desafios culturais
Evangelizamos também procurando enfrentar os diferentes desafios que se nos podem apresentar. Às vezes, estes se manifestam em verdadeiros ataques à liberdade religiosa, que em alguns países, atingiram níveis alarmantes de ódio e violência. Isto não prejudica só a Igreja, mas a vida social em geral. 
Na cultura dominante, ocupa o primeiro lugar aquilo que é exterior, imediato, visível, rápido, superficial, provisório. O real sede lugar à aparência. Vão surgindo formas novas de comportamento resultantes da orientação dos meios de comunicação social, os aspectos negativo destes meios de comunicação e espetáculos estão ameaçando os valores tradicionais.
A fé católica em muitos povos encontra-se hoje perante a proliferação de novos movimentos, que parecem propor uma espiritualidade sem Deus. Estes movimentos religiosos, que se caracterizam pela sua penetração sutil, vem preencher, dentro do individualismo reinante, um vazio deixado pelo racionalismo secularista. Uma parte de nosso povo batizado não sente a sua pertença à Igreja,  predomina, nas paróquias, o aspecto administrativo sobre o pastoral, bem como uma sacramentalização sem outras formas de evangelização.
produziu-se uma crescente deformação ética, um enfraquecimento do sentido do pecado pessoal e social e um aumento progressivo do relativismo. Enquanto a Igreja insiste na existência de normas morais objetivas, válidas para todos, "há aqueles que apresentam esta doutrina como injusta, ou seja, contrária aos direitos humanos básicos. Tais alegações brotam habitualmente de uma forma de relativismo moral". A Igreja é sentida como se estivesse promovendo um convencionalismo particular e interferisse com a liberdade individual. Torna-se necessária uma educação que ensine a pensar criticamente e ofereça um caminho de amadurecimento nos valores.
A família atravessa uma crise cultural profunda, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade. O matrimônio tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva.
O individualismo pós-moderno e globalizado favorece um estilo de vida que debilita o desenvolvimento e a estabilidade dos vínculos entre as pessoas e distorce os vínculos familiares.
"Uma nação que se levanta contra si mesma, não pode resistir"
Vive-se um tempo de muitas e aceleradas mudanças que têm lados positivos, mas também negativos. Hoje tudo pode, tudo é normal e tem nome, as pessoas já não assumem responsabilidades, e nem admitem seus erros. Em tempos assim, toda vida que se proponha caminhar na verdade encontra desafios. Faz-se necessário nadar contra a corrente se de fato se quer ver os novos Céus e a nova Terra!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Eles também foram chamados!

Jacó e o Anjo
Alguém lutava com ele até o romper da aurora. Vendo que não podia vence-lo, tocou-lhe aquele homem na articulação da coxa [...] E disse-lhe: "Deixa-me partir" - "Não te deixarei partir, respondeu Jacó, antes que me tenha abençoado" [...] "Teu nome não será mais Jacó, tornou ele, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens e venceste." (Gn 32)
A luta de Jacó com o Anjo é, frequentemente, comparada com a oração, porque está é luta; nem sempre é fácil orar, mas é uma luta que vale a pena: "lutaste e venceste!"
Sabe-se que toda vocação nasce e alimenta-se da oração, porém, esta é uma prática que vem perdendo o seu real sentido em nosso tempo, que prega o ativismo e a alienação, a fuga do silêncio e da verdade.
Caros vocacionados a oração é o lugar do doce diálogo com o Senhor, é lá que cada pessoa pode colocar-se bem perto do seu Coração chagado e Dele aprender a amar. A pessoa que se dispõe a rezar e busca transformar em vida a oração "vence" a Deus que derrama-se todo inteiro sobre o coração adorador. 
Aquele que se entrega à oração vê "brotar água da rocha e em seu favor cai o maná do Céu".
A oração é a firme certeza de que o Senhor nos ouve, é força na caminhada, lugar do encontro amoroso entre a alma que "suspira pelas águas correntes", e Deus "a fonte de água viva!"
Orai e eu vos garanto Ele virá aos vossos corações, nele fará morada e que sublime convívio se dará!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Não à desigualdade social que gera violência
Enquanto não se eliminar e exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos, será impossível desarraigar a violência. Quando a sociedade abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos nem forças de ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. O sistema social e econômico é injusto na sua raiz, um mal embrenhado nas estruturas de uma sociedade sempre contém um potencial de dissolução e de morte.
Sabe-se que o consumismo desenfreado, aliado à desigualdade social, é duplamente danoso para o tecido social. A desigualdade social gera uma violência que as corridas armamentistas não resolvem; as armas e a repressão violenta, mais do que dar solução, criam novos e piores conflitos. Isso torna-se ainda mais irritante quando os excluídos veem crescer este câncer social que é a corrupção profundamente radica em muitos países.
"Amor é o que quero e não sacrifício!" (Os 6,6) A vontade de Deus é que o amor reine e que o homem seja assim, de fato livre, mas deparamo-nos coma escravidão ao dinheiro que coloca os homens contra os homens. Deus fez-nos livre para vier e escolher, escolhamos, pois o amor!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eles também foram chamados!

A benção a Jacó
Isaac envelhecera e seus olhos enfraqueceram-se de modo que não podia ver [...] Rebeca disse a Jacó, seu filho: "Acabo de ouvir teu pai dizer a teu irmão Esaú para que lhe traga uma caça e lhe prepare um bom prato, a fim de comer e o abençoar diante do Senhor antes de morrer [...] Vai ao rebanho e traze-me dois belos cabritos, tu lho levaras e ele comerá, a fim de que te abençoe antes de morrer" [...] Jacó foi para frente de seu pai e disse-lhe: "Meu pai! Eis-me aqui" [...] "Aproxima-te então, meu filho, para que eu te apalpe e veja se, de fato, és o meu filho Esaú" [...] E não o reconheceu, porque as suas mão estavam peludas como as de seu irmão Esaú. 
E abençoou-o (Gn 27)
 Esaú havia vendido, por lentilhas, sua primogenitura, o direito à benção. Rebeca, mulher de Isaac, tinha Jacó por "preferido", talvez, porque ele ficasse mais tempo com ela; e providenciou, então, os meios para que Jacó recebesse a benção, em lugar de Esaú. Deus serviu-se disso para um bem maior, como em mutos outros episódios; como também foi na cruz. De acordo com a tradição, Esaú era o favorito, mas Deus havia eleito Jacó, e sempre é assim, os plano d'Ele são diferentes dos nossos, e melhores também.
Durante a vida cada pessoa depara-se com situações de eleição, em que Deus, vai quebrando paradigmas, mudando o curso, para mostrar a sua divina vontade. Jacó precisou fugir da fúria de seu irmão, quantas vezes também nós, precisamos mudar o rumo da vida, e então, descobre-se que o Senhor quer algo novo, quer mais; mas para isso, é necessário sair do comodismo, ousar e buscar com todas as forças a benção. Aos olhos de Deus todos somos PRIMOGÊNITOS. Vai então, traze-lhe um prato suculento a fim de receber a benção. Toma as vestes da salvação, que exalam o bom odor de Cristo o primogênito do Pai e, vivendo assim, como outro Cristo verás a graça e a benção de Deus em tua vida de modo que possas exclamar com Paulo: "Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim!"
Deus quer te abençoar!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Não à nova idolatria do dinheiro
Aceitamos pacificamente o domínio do dinheiro sobre nós e as nossas sociedades. Na sua origem há uma crise antropológica: a negação da primazia do ser humano. Criamos novos ídolos que reduzem o ser humano apenas a uma das suas necessidades: o consumo. Instaura-se uma nova tirania invisível, que impõe as suas leis e as suas regras. a ambição do poder e do ter não conhece limites. Por detrás desta atitude, escondem-se a rejeição da ética e a recusa de Deus. "Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos". O dinheiro deve servir, e não governar!
O que é PRIMAZIA em tua vida? O Santo Padre denuncia o domínio do dinheiro, fazendo menção ao bezerro de ouro que os Israelitas fizeram enquanto Moisés recebia os mandamentos. Na verdade esta não é a única passagem que faz menção à idolatria humana, à ganância e exploração.
Falta-nos coragem de assumir nossa identidade cristã e viver o evangelho até as últimas consequências. É mais fácil deixar-se levar pela corrente. Sim, é mais fácil, só que tal atitude faz da pessoa objeto, boneco fantoche que não tem vida própria, a pessoa vive de máscaras e inquieta-se pela sede insaciável do ter. 
Assim é que você quer viver???


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Eles também foram chamados!

O direito da primogenitura
Um dia em que Jacó prepara um guisado, voltando Esaú fatigado do campo, disse-lhe: "Deixa-me comer um pouco desta coisa vermelha. Porque estou muito cansado." Jacó respondeu-lhe: "Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura."- "Morro de fome, que me importa o meu direito de primogenitura?" Esaú jurou e vendeu o direito a Jacó. Este deu-lhe pão e um prato de lentilhas. (Gn 25)
O que Esaú vendeu não foi qualquer direito; vendeu o sinal da benção; a maior que uma pessoa poderia receber, e vendeu por um mísero prato de lentilhas. Na verdade a atitude de Esaú não está distante de cada ser humano. Quantas pessoas vendem o dom de Deus por um prato de lentilhas!
O que moveu Esaú foi um impulso momentâneo de um desejo de satisfação e prazer, algo bem parecido, senão idêntico ao que a sociedade prega hoje: "Foge da dor, busca o prazer" (Pe. Paulo Ricardo). E para realizar isso as pessoas, são capazes de tudo, até  de considerar aberrações como algo normal. A prostituição, o uso de drogas, o aborto, o homossexualismo, a destruição de povos por outros povos, tudo isso, já não causa mais comoção, aos poucos têm tomado as mentes e vidas das pessoas como "NORMAIS". E assim vão as pessoas vendendo a graça por lentilhas, "que me importa a primogenitura?" Mas os prazeres passam e o que fica? Esquecemos que somos livres em todos os nossos atos, e se vai "fazendo escolhas onde o risco é menor", por falta de compromisso, por medo da exigência. A proposta de Deus é, certamente, muito mais exigente que a do mundo, mas a felicidade é garantida e, o mais importante, eterna!
Assuma pois a tua primogenitura, Deus quer abençoar-te e conduzir-te por seu caminhos, não te deixes iludir pelos pratos de lentilhas que outros te oferecem!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Mês da Bíblia

"Sede Praticantes da palavra de Deus e não meros ouvintes..." (Tg 1,22)
Como ser praticante da Palavra de Deus??? São João começa seu Evangelho falando do VERBO que se fez carne, que viveu entre nós; ser praticante da Palavra, é então, viver como Cristo, o Verbo de Deus.
A recompensa para quem vive a Palavra é a felicidade, dirá São Tiago no versículo 25. O mês dedicado à Bíblia não teria sentido senão o de nos lembrar da real necessidade de fazer com que a Palavra seja vivida em nós. Todo ser humano anseia por felicidade, e a busca, mas, muitas vezes, recua ante o esforço que supõe a luta para conquistá-la; prova disso é o mundo de facilidades e rapidez que cresce, oferecendo momentos de alegria, que assim como vêm, passam!
Lembremo-nos, porém, de que a felicidade de Deus é uma felicidade plena, que não passa, mesmo diante das dores e sofrimentos, ela pulsa no coração que ama o Senhor.
A Palavra é verdadeiramente viva e eficaz quando, gravado no coração do homem, produz frutos de eternidade; não basta ouvir, é preciso viver para que se fixe na pessoa e então, a Palavra é viva.
Fazendo menção às palavras de SS. o Papa Francisco na JMJ Rio 2013 convido-vos: "Ponha Cristo em tua vida e encontrarás uma amigo em quem confiar sempre, e verás crescer as asas da esperança para percorrer com alegria o caminho do futuro, e tua vida estará cheia de seu amor, será uma vida fecunda". Quem vive com Cristo pode caminha pelo deserto e nunca estará sozinho, Ele é amigo fiel, por isso "ponha Cristo"!
Que este mês seja um tempo de profunda vivência evangélica para que se possa experimentar e comunicar a sua alegria. Que Virgem Maria, Senhora das Dores, que no dia 15 celebraremos, acompanhe seus filhos e plante as sementes do Verbo em cada coração.

A voz do Papa: EVANGELLI GAUDIUM

Não a uma economia da exclusão
Assim como o mandamento "não matar" põe um limite para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer "não a uma economia da exclusão e da desigualdade social". Esta economia mata. Isto é exclusão. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. O ser humano é considerado, como um bem de consumo que se pode usar e depois laçar fora. Assim teve início a cultura do "descartável". Os excluídos não são "explorados", mas resíduos, "sobras".
Os excluídos continuam a esperar. Desenvolveu-se uma globalização da indiferença, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não os incomoda de forma alguma.
A narrativa da criação termina com a a declaração de que Deus olhando para tudo o que criara viu que tudo "era bom". Onde está, pois, a bondade da criação? O pecado imprimiu no coração humano um desejo, quase incontrolável, por poder, ter e ser; "ser como deuses"; é isso que leva o homem à exploração de seus semelhantes. Até quando fecharemos os olhos? Até quando nos permitiremos explorar em vista de um "bem-estar" passageiro?
As palavras do Papa não são para os outros, são para todos. No dia a dia, quantas vezes, ainda que por pequenas coisas, exploramos os outros, com nossas mentirinhas, com nossas omissões...? Existem inúmeras formas de exploração e não pode estar vivendo a vontade de Deus quem assim vive!