segunda-feira, 23 de março de 2015

Eles também foram chamados!

Abimelec
Abimelec, filho de Jorobaal, foi ter com os irmãos de sua mãe em Siquém, e disse-lhes, assim como a toda a família de sua mãe: "Dizei, vo-lo peço, a todos os habitantes de Siquém: O que é melhor para vós, serdes dominados por setenta homens, todos filhos de Jerobaal, ou que um só homem seja vosso rei? [...] foi à casa de seu pai em Efra, e matou seus irmãos, setenta homens... (Jz 9)
abimelec quis glória e poder, e os buscou a todo custo. É triste ver o homem que busca glória por meio da dominação, da exclusão e até da morte! 
Assusta-nos ver Abimelec matar seus 70 irmãos para ser rei, é uma atitude extrema e cruel, mas será que está longe de cada um de nós?
Diria que não, e que, em verdade está, de forma implícita ou explícita em toda pessoa, basta parar e pensar em quantas vezes aceitamos e até praticamos o mal, movidos por pensamentos egoístas e mesquinhos: mentiras (por menores que sejam); prejuízo de outras pessoas em nosso favor; falsidades, roubos... Atitudes e sentimentos que desculpamos porque "todo mundo faz", ou porque aos nossos olhos são coisas "a toa", mas que em verdade nos concedem momentos de glória à custo "morte" de outros.
A vivência da vocação é um constante chamado à conversão; à morrer à nossa atinga vida, fazendo, aos poucos, calar o "velho homem", dando lugar ao homem novo, revestido de Cristo, que condena toda forma de exploração e dominação. Estamos vivendo um tempo propício à conversão pessoal: A QUARESMA, aproximemo-nos pois do Senhor, com o coração contrito, tenhamos a coragem de "rasgar o coração" em sua presença, para que Ele o limpe, nos ensine a caminhar à luz do seu amor. Não deixemos que a graça passe em vão, ouçamos os apelos de serviço e caridade que a Igreja nos faz.
O que estamos esperando, sejamos santos, grandes santos! Que desejemos glória somente ao Senhor! 

sexta-feira, 13 de março de 2015

II Congresso vocacional Diocesano

O II Congresso vocacional da Diocese de Oliveira, com o tema: "Paróquia lugar do cuidado  vocacional; aconteceu nos dias 07 e 08  de março de 2015, na cidade de Santo Antônio do Amparo. Estiveram representadas 14 das 29 paróquias de nossa diocese, com 77 participantes, entre padres, religiosos e consagrados, leigos e seminaristas.
Tratando sobre o tema: “Paróquia lugar do cuidado vocacional, Pe. Valdecir iniciou fazendo menção ao I Congresso realizado em nossa Diocese no ano de 2013 do qual foi também ele o assessor. Neste I Congresso falou-se da importância de se criar a cultura vocacional, necessária também pra que a paróquia seja de fato lugar do cuidado vocacional.
A Pastoral Vocacional tem uma história de mudanças, disse Pe. Valdecir, em seu modo de ser e agir, diante disso podemos nos perguntar: hoje o nosso serviço de animação vocacional corresponde à realidade dos tempos em que vivemos? Ou chamamos hoje como chamávamos a 50 anos atrás?
 A PV não pode, agir como pronto socorro, mas deve ser constante, atingir as causas e animar todas as vocações com qualidade, para que a paróquia seja por excelência lugar do cultivo vocacional. Assim também já afirmava Paulo VI em 1964: “Onde desabrocham numerosas vocações, aí se vive generosamente segundo o Evangelho” (DMOPV).
Em se tratando de uma paróquia como lugar do cuidado vocacional, quatro elementos são essenciais: que sejam comunidades vivas, orantes, que chamam e missionárias.
Para isso precisamos passar de uma pastoral de expectativas a uma pastoral de propostas.
Pe. Valdecir ressaltou que não basta sabermos ou falarmos disso, precisamos nos convencer, pois não há novidade no que foi falado, a verdade é que trabalhamos por blocos isolados, não há cultura vocacional. Toda a comunidade é animadora, em primeiro lugar o padre. Não se fala sobre vocação porque as pessoas não sabem o que é vocação.
O trabalho vocacional deve gerar envolvimento, trabalhar, primeiramente, porque sou vocacionado e quero que outros também sintam esta alegria, pois “Quem não é capaz de rezar pela própria vocação, de sentir-se vocacionado, não conseguirá rezar pela vocação dos outros”.
Diante de tudo que foi falado e refletido pode-se concluir que não podemos ficar apenas no “foi bom” ou “foi ruim”, mas no que nos impulsiona, o que podemos fazer com tudo isso, buscar o que Cristo deseja de nosso trabalho vocacional e não o que nós queremos. Por isso sempre nos perguntar: Onde estamos? Onde queremos chegar? Pois é impossível chegar a um objetivo sem antes saber onde está.
O cuidado que se deve ter é para não cansar e desanimar. Não fomos nós que achamos o Senhor, é antes Ele, quem nos encontra, nos fala e nos escolhe para acolher a sua palavra e o seu silêncio também.
O Trabalho vocacional, por fim, começa quando cada um se sente feliz e realizado com a própria vocação.
Oliveira, 13 de março de 2015 
Ir. Maria Elisângela, OMJ







segunda-feira, 9 de março de 2015

Eles também foram chamados!

Gedeão destrói o altar de Baal

Toma o novilho de teu pai e um segundo touro de sete anos; destrói o altar de Baal de teu pai e faze o mesmo com o ídolo de madeira que está junto dele. Edificarás então um altar ao senhor, teu Deus, em cima dessa pedra, depois de a teres preparado. Tomará o segundo touro e o oferecerás em holocausto usando a madeira do ídolo que tiveres cortado. (Jz 6)
Todo batizado é chamado à santidade, mas em alguns momentos da vida cristã deparamo-nos com a dúvida a cerca da santidade; o que é, de fato ser santo?
Gedeão responde-nos a pergunta. A santidade consiste em reconhecer nossa fraqueza, saber que somos levados a entregar nosso coração a outros deuses e diante desta percepção tomar a firme decisão de derrubar os antigos "altares" e reconstruindo outros dedicá-los ao Deus verdadeiro.
A partir do encontro com Deus, Gedeão torna-se homem novo e deixa para traz a idolatria do "homem velho".
Eis a santidade, revestir-nos de Deus, dando lugar ao novo homem. Ao ler o trecho destacado parece ser fácil destruir os altares, mas na realidade não o é, Gedeão precisou enfrentar a ira dos seguidores de Baal, e teve medo, tanto que não realizou a destruição à luz do dia, mas de noite. 
Aos nossos desejos e atitudes de conversão também se oporão realidades interiores, como medo e o apego ao que temos; e realidades exteriores, como as pessoas, talvez, as mais próximas a nós. Nada disso , porém, nos deve desanimar! Lembremo-nos Ele está conosco, foi a promessa que fez a Gedeão é a promessa que faz a cada um de nós: "Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo!"



segunda-feira, 2 de março de 2015

Eles também forma chamados!

Débora

Naquela época, a profetiza Débora, era juíza em Israel [...], e os Israelitas iam ter com ela para que julgasse suas questões. (Jz 4)
Deus suscitou juízes que julgavam as causas do Povo e eram instrumentos de Deus, portadores da sua graça e palavra.
Débora, uma das figuras femininas significativas na Sagrada Escritura, era juíza e sua presença se apresenta para Barac como sinal de segurança da proteção de Deus no combate.
Débora é apenas uma dentre muitos juízes, algo porém que não pode passar despercebido é a característica que descreve o Povo durante todo o livro dos juízes: "os israelitas fizeram o mal aos olhos do Senhor".
Quando os israelitas faziam o mal diante do Senhor, Ele os entregava à mão dos inimigos, não por ser infiel ou vingador, mas ao contrário, para que o Povo percebesse que Ele permanecia fiel e que só podiam encontrar felicidade na bondade e no amor de Deus.
Existem momentos em nossa caminhada vocacional que Deus permite que experimentemos nossa fraqueza para podermos perceber que estamos caminhando longe d'Ele. E em alguns destes momentos podemos pensar que o que estamos fazendo não é mal e nem prejudicial a ninguém, assim como o Povo não era em si mal, mas não estava fazendo a vontade de Deus.
Por mais que não compreendamos, ou queiramos fugir à vontade de Deus, a fidelidade ao seu amor é sempre o melhor que nos pode acontecer.